O que é Glaucoma?
Glaucoma é uma doença ocular progressiva crônica, que ainda não há cura e na maioria das vezes é associada a altos valores de pressão intraocular – dentro do olho – o que provoca lesões no nervo ótico. Embora há pacientes com a pressão intraocular normal que também podem desenvolver glaucoma.
Sintomas
A doença pode se desenvolver durante meses e até anos sem apresentar sintomas, só aparecem quando o indivíduo já está na fase mais avançada, então a pessoa começa a perder a visão periférica enxergando o que está em sua frente, porém não o que está dos lados.
Tipos de Glaucoma:
- Glaucoma de Ângulo Aberto (crônico): é o tipo de glaucoma que a pressão ocular aumenta gradualmente, porém não há sinais de sintomas, o indivíduo não sente a pressão crescente nos olhos, por isso é considerada uma doença silenciosa.
- Glaucoma de Ângulo Fechado (agudo): acontece quando a saída do humor aquoso é bloqueada, o que causa um aumento repentino da pressão intraocular. É preciso tratamento imediato, pois esse tipo de glaucoma pode provocar perda visual irreversível rapidamente.
- Glaucoma Congênito: é considerado o tipo de glaucoma mais raro, atinge bebês recém nascidos ou em seus primeiros anos de vida, é passado da mãe para o filho durante a gestação. Os sintomas são: sensibilidade à luz, olhos avermelhados e globos oculares aumentados.
- Glaucoma Secundário: esse tipo é geralmente desenvolvido por alguma condição médica, como por exemplo o uso excessivo de medicamentos a base de corticoide, pacientes que passaram por cirurgia ou com catarata.
Fatores de risco para o Glaucoma:
- Pessoas com histórico de glaucoma na família
- Idade superior a 40 anos
- Indivíduos com diabetes
- Alto grau de miopia
- Pacientes que sofreram lesões físicas no olho
- Pressão arterial elevada
- Uso prolongado de medicamentos à base de corticoide
- Doenças cardíacas
Diagnóstico de Glaucoma
O diagnóstico dessa doença deve ser realizado após um exame oftalmológico cuidadoso, o qual o médico analisa o histórico da saúde do indivíduo, avaliando a pressão intraocular, assim como as condições do nervo óptico e da camada de fibras nervosas da retina. Além de outros exames capazes de confirmar o diagnóstico, como:
Exame com lâmpada de fenda ou biomicroscópio ocular
É um equipamento que permite uma visualização ampla de todas as estruturas do olho como: pálpebra, íris, cristalino, vítreo, retina, coróide. Funciona como uma lente de aumento bem iluminada.
Campimetria
É realizado com o paciente sentado com o rosto colado ao aparelho medidor, o campímetro, que emite pontos de luz em diferentes lugares e intensidades no campo de visão do indivíduo, assim é diagnosticado problemas de visão, áreas em que não há visão do campo visual e detecta problemas de visão periférica, ou seja, as laterais do campo de visão.
Teste de campo visual ou perimetria: identifica se há alguma perda de campo visual. Existe a perimetria cromática, a acromática e a de frequência dupla.
Paquimetria
Mede a espessura da córnea por meio de um instrumento ultra sônico.
Tonometria
Esse exame mede a pressão intraocular através de diferentes técnicas, porém as mais usadas são a tonometria de Goldmann (de contato) e tonometria de sopro (a de não-contato).
Teste de Acuidade visual
É capaz de verificar a qualidade da visão do indivíduo em diversas distâncias.
Oftalmoscopia ou Exame de fundo de olho: usando um oftalmoscópio, é realizada uma avaliação para analisar se existem lesões no nervo óptico que possam ter sido causadas por glaucoma.
Gonioscopia
É um dos exames usados para classificar o tipo de glaucoma do paciente, por meio dele é possível avaliar o ângulo da câmara anterior – situada entre a íris e a córnea – classificando assim o tipo de glaucoma.
Há ainda outros exames que podem ser complementares a esses para a confirmação do diagnóstico de glaucoma, como por exemplo: a tomografia de coerência óptica (OCT), a oftalmologia confocal de varredura a laser (HRT), biomicroscopia ultrassônica (BUS) e o laser confocal polarizado (GDx).
Tratamento:
Feito o diagnóstico, é importante ressaltar que infelizmente não há cura para o glaucoma, porém pode e deve ser controlado, pois caso não haja acompanhamento médico pode levar à cegueira irreversível.
Para os pacientes diagnosticados com glaucoma crônico, o tratamento geralmente é o uso contínuo de colírios, há também pílulas para o controle da alta pressão ocular.
Já para o tipo agudo da doença, o tratamento de glaucoma se torna emergencial, além do uso de colírios e pílulas, pode haver a necessidade de que o paciente receba medicamentos intravenosos ou ser submetido a uma intervenção a laser, capaz de abrir caminho para um canal na íris com o objetivo de aliviar a pressão de modo imediato, prevenindo assim novos quadros de alta.
Prevenção:
A melhor maneira de se prevenir do glaucoma é consultar um médico oftalmologista ao menos uma vez por ano, pois ainda que seja uma doença crônica e sem cura, é preciso reforçar que pode ser controlada com o uso de medicamentos apropriados.
Por isso, não espere um sinal para visitar o oftalmologista, marque já sua consulta!