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Pterígio

O pterígio ou como também é conhecido “carne crescida” ou “carne nos olhos” é uma doença ocular caracterizada pelo aparecimento de uma lesão avermelhada que invade a superfície do olho, geralmente no canto interno podendo até atingir a pupila.

A denominação dessa doença vem do grego “pteron” que significa “asa” pela referência ao formato triangular da lesão, podendo ocorrer em um dos olhos ou em ambos. O pterígio geralmente progride lentamente ao longo das semanas, meses e até anos, mas há casos em que ele estabiliza e pode ficar com o tamanho inalterado por anos.

É classificado em três tipos: 

Tipo 1: avança-se sobre a córnea menos do que 2 milímetros

Tipo 2: estende-se sobre a córnea de 2 a 4 milímetros

Tipo 3: avança sobre a córnea mais de 4 milímetros, o que invade a zona óptica e reduz a acuidade visual

Alteração do pterígio na córnea

A córnea é uma estrutura curva e transparente que se localiza na superfície do olho. Desse modo, a córnea normal não apresenta vasos sanguíneos nem opacidades, o que permite a passagem da luz por meio dela. Porém, nos casos de pterígio a membrana que invade a córnea contém vasos sanguíneos e tecido fibroso.

Logo, o crescimento do pterígio pode prejudicar a visão por provocar leucoma, ou seja, a perda da transparência da córnea e a distorção da curvatura corneana, o astigmatismo.

Quais as causas?

A exposição aos raios ultravioleta A e B é a principal causa do pterígio, pois pode provocar ressecamento nos olhos e consequentemente irritabilidade, sobretudo em pessoas com predisposição genética. Há outros fatores de risco também, como:

  • indivíduos com pele e olhos claros
  • pólen
  • fumaça
  • areia
  • poeira
  • vento

Homens com idade entre 20 e 40 anos podem ter mais propensão a ocorrência dessa lesão além daqueles que vivem em regiões de cidades litorâneas onde há um clima seco e quente. 

Sintomas

Há casos em que o pterígio não causa sintomas além do incômodo estético, porém uma lesão maior pode causar inflamação, sensação de areia nos olhos, lacrimejamento, fotofobia (desconforto com a luminosidade), hiperemia ocular (olhos vermelhos) e embaçamento visual. Existe também o caso do chamado astigmatismo corneano, que induz a turvação visual, caracterizado por avançar sobre a córnea, a fibrose subepitelial distorcendo seu formato.

Diagnóstico

O diagnóstico do pterígio ou carne crescida é feito por meio do exame clínico, o oftalmologista utiliza uma lâmina de fenda para analisar os olhos com a ajuda de uma iluminação brilhante e uma boa ampliação. E se caso houve a necessidade de uma análise mais minuciosa, existem testes adicionais como: documentação fotográfica, em que se registra por meio de fotos para o acompanhamento da taxa de crescimento da lesão; teste de acuidade visual que consiste na leitura de letras e também o teste de topografia da córnea, para medir as mudanças de curvatura da córnea.

Tratamento

O tratamento dessa lesão depende do grau do pterígio, há casos em que são pequenos e não apresentam sintomas, por isso não há necessidade de intervenção exceto pela questão estética. Porém, se houver piora da inflamação é preciso adotar o uso de colírios lubrificantes, vasoconstritores, compressas frias ou colírios anti-inflamatórios em curtos períodos.

Há também casos em que o pterígio causa desconforto constante ou interfere na visão, ele pode ser removido por meio de uma cirurgia, levando em conta os aspectos da intensidade do incômodo, aparência, tamanho da lesão ou o pterígio interferir no uso de lentes de contato o que será decidido com o paciente juntamente com o oftalmologista.

É preciso estar atento a proteção dos olhos contra o sol, o vento e a poeira, além da importância da lubrificação por meio de lágrimas artificiais para reduzir a irritação ocular.

O pterígio pode voltar após algum tempo feito a cirurgia, o que denomina-se como recorrência, porém atualmente há técnicas cirúrgicas que são capazes de diminuir bastante o risco da lesão voltar.

Prevenção

O principal fator para o surgimento do pterígio é a incidência dos raios UV (radiação ultravioleta), portanto é recomendado o uso de óculos de sol e chapéu, pois além da proteção da luz solar é importante se proteger contra o vento e a poeira e em tempo seco também há mais propensão para o desenvolvimento dessa lesão.

Caso perceba algum incômodo nos olhos, não deixe de marcar sua consulta com um oftalmologista!

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